Rómulo Gallegos
Autor de Dona Bárbara
Rómulo Gallegos foi um escritor e romancista venezuelano, alcançando projeção como uma das figuras literárias mais importantes da América Latina no século XX. Fundou revistas e semanários literários na Venezuela, onde apareceram seus primeiros ensaios e contos, mas sua produção literária, em particular seus romances, logo se projetou sobre o âmbito do mundo de fala hispânica. Suas obras mais importantes e famosas foram escritas na Espanha durante seu autoexílio: Dona Bárbara, Canaima e Cantaclaro. Outros romances conhecidos são Pobre negro, Sobre a mesma terra, O forasteiro, Reinaldo Solar e O fio de palha no vento. Essas obras tiveram sempre propósitos moralizantes, porém o melhor de sua prosa surgia quando esse objetivo se diluía e o romancista se deixava levar por seu gênio criativo, talento e paixão pela ficção. A luta do bem e do mal – e entre a civilização e a barbárie –, retratada no romance Dona Bárbara, ambientado nas planícies venezuelanas, tornaram-no conhecido quando as forças da modernização capitalista pugnavam por predominar nessas latitudes. Recebeu o Prêmio Nacional de Literatura (1957-1958) e integrou a Academia Venezuelana da Língua (1958). Em 1965, em reconhecimento à sua trajetória e fama, o Estado venezuelano criou o Prêmio Internacional de Romance Rómulo Gallegos e, em 1972, fundou o Centro de Estudos Latino-americanos Rómulo Gallegos (Celarg). A sede do Centro, em Caracas, está construída sobre o terreno onde esteve sua casa, e de onde Dom Rómulo Gallegos saiu para o exílio, em 1948, e morreu em 1969.
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